Postagens

Um sentimento por vez

Perguntas sem resposta

Já acordou de manhã e pensou: o que eu faço aqui? Mais um acordar, mais um respirar de olhos abertos, mais uma vez a luz do dia brilha sobre um corpo que ainda não entendeu o que faz aqui. Por mais que veja não consegue ver, por mais que ouça não consegue ouvir, por mais que fale não é compreendido. Sangue e ossos se movem sobre a terra na busca de um propósito, seja ele imediato ou futuro, mas nunca passado. Passado que a cada segundo deixa para traz um momento que nunca mais será vivido, que jamais poderá repetir-se. Nesse momento as palavras anteriores já não existem mais e só a lembrança delas vive em nossas memórias. Memórias que ora nos ajudam, ora nos alegram e em meu caso, mais me entristecem me atormentam, será que fiz boas escolhas, será que vivo o resultado dessas escolhas, por que não escolhi diferente, porque essas memórias não se vão? Parem de me atormentar, malditas! Para que vivemos? Por quem vivemos? Para deixar um legado, para fazer a diferença, para ser odi

A Alegria do Saber

A Alegria e o Saber, nunca juntos hão de viver A Alegria não sabe o momento certo de dizer Que tudo passa, basta deixar acontecer Se ela soubesse, o que seria do Saber? O Saber não nasce crescido é preciso crescer Nada mais obvio que ver para crer Enquanto a Alegria se vai entra o Saber Mas tudo que se sabe nem tão alegre há de ser Para que um exista o outro deve dizer Que seja tu o que agora deve ser Para que a alma não se afogue no Saber E nem se iluda na Alegria de viver. Dizia o sábio, que sempre alegre não há de ser E a sabedoria a alegria pode conter Fazendo assim ao outro enriquecer O que seria da Alegria se não tivesse o Saber?

O passarinho e o vento

O passarinho cantava na gaiola. Q ue belo canto tem o passarinho. D izia aquela que na gaiola o mantinha. Mas ele canta para que ela se alegre e não sinta a dor e a solidão que ele sente. Cai a chuva e o passarinho canta. Canta seus tormentos, joga-os aos ventos. Ouça-me, não está me vendo? Grita o passarinho por todo o tempo. Quanto mais o tempo passa mais larga fica gaiola. Já não se pode mais ouvir seu lamento, pois o passarinho se entregou. Se entregou para o tormento, já não se ouve mais seu canto. Sobra só o silêncio, fazendo que se sinta a tristeza que ele tem por dentro. Não desanime passarinho ainda chegará o tempo em que livre sentirá O calor do vento. Na alma ou no coração, mesmo que tarde, ainda estará valendo.

Essência do Amanhecer

Ahh, doce solidão, que me permite ouvir o som dos pássaros, sentir o leve calor da manhã e toque do vento. Enquanto só, posso apreciar aquilo que me rodeia, aquilo que a muito não apreciava. Posso apreciar a vista e ver o céu azul com lindas nuvens formando desenhos engraçados, sorrio achando graça das imagens que vão se formando. Deitado na grama, sinto o frio do orvalho e o cheiro que me faz lembrar a infância e pergunto-me, porque crescemos? Porque temos que crescer? Ao olhar para a árvore, com suas enormes copas e tronco perfeitamente construídos, me lembro da inocência que havia quando naqueles galhos eu subia. Hoje olho para eles mais altos do que eu posso alcançar, será que eu cresci o suficiente para poder novamente com inocência subir neles? É nesse momento que percebo que ambos crescemos, os galhos cresceram na direção do sol, buscando estar mais perto daquele que os fazem crescer e serem fortes. Já eu cresci, mas não na mesma direção e por isso não consigo mais alcan

O amanhã

A manhã começo novos planos! Planos que a muito venho pensando.  Retomar aquilo que perdi, amanhã, nada vai me impedir! Amanhã acordarei melhor, sem a dor e sem o temor, de que o futuro incerto está contra meu favor. Amanhã limparei meu rosto, enxugarei meu pranto e com um sorriso receberei o amor. O amor de quem sempre me amou e nunca me abandonou. Amanhã buscarei o sustento, daquilo que não pude buscar.  Seguirei adiante, para que em meus medos não possa tropeçar. Para cada lamento, um ensinamento vou levar e os mesmos erros já não irão me atormentar. Amanhã serei melhor, com tudo de bom que eu possa dar. Amanhã, amanhã, amanhã... Amanhã não mais será como hoje, triste e só, como um arbusto no deserto, sem a água para lhe regar. Amanhã tudo vai mudar, e eu posso provar. Com a fé que me sustenta, irei me levantar e o mundo vai saber que amanhã ainda posso lutar.

Abraçando minhas escolhas

  L embro-me de quando dormia, tinha sonhos e sentimentos que me faziam amar.    H oje me vejo vazio sem objetivo, sem nenhum motivo para continuar. Nesta vida fazemos escolhas, pelas quais somos presos as consequências. Escolhi o que passo, lamento por não suportar, mas sou grato por ser livre para fazê-la. B usco me moldar, me tornar mais de aço do que carne, não permitir à dor que me assombra seja forte e não volte mais travestida de felicidade. Agora sei que almejei aquilo que não podia, que busquei algo que não era meu e que hoje sofro por não esquecer quem já me esqueceu. E spero um dia que com carinho possa lembrar e contar sobre tudo que passei sem as lagrimas de meus olhos derramar, sem meu peito apertar e poder passar esse momento para que alguém possa aprender que não se pode amar, aquilo que não se pode tocar.   A té esse momento chegar, vou sobrevivendo com tudo o que ainda posso alcançar, na esperança de um dia esse sofrimento não mais me atormentar.

Passos da Ausência

A cada dia, caminho um passo Mais longe do seu abraço Perdido eu vou, sem a luz de seus olhos Procurando meu sol no horizonte Que a muito já repousa em outros montes Vazio sigo, tentando preencher A falta, que sinto de você Mas minha esperança é esperar Que um dia mais uma vez possa te abraçar E em seus lindos lábios tocar Para assim, com minha angústia terminar Na vida não precisamos de muito Mas viver sem meu tudo, somente Deus pode ajudar Peço a Ele que me perdoe, por meus pensamentos não controlar E cada dia que passa mais difícil é de suportar A ausência da sua essência em cada amanhecer Grito desesperadamente para que o vento leve Minha voz e toque seu coração e desperte mais uma vez A ligação que une nossas almas, até o dia Em que eu não puder, mais respirar.